Parte 3: Como dar forma ao mercado de finanças sustentáveis e sermos sustentáveis?
Neste última parte da série (veja a Parte 1, preço de nossos investimentos e Parte 2, busca por respostas no mercado), aprofundo a reflexão: como dar forma ao mercado de finanças sustentáveis e sermos sustentáveis? Embora o mercado seja incipiente, as demandas são cada vez mais emergentes.
Continuo explorando as dissonâncias do mercado, revelando as lacunas de países, bancos, corporações. Aproveito para enfatizar que não são apenas lacunas institucionais, mas essencialmente lacunas em indivíduos. Parece que às vezes esquecemos que são os indivíduos que compõem cada uma dessas instituições, que ajuda a financiá-las, que as dirige. Indivíduos que se beneficiam destes produtos e serviços e que por isso os consomem. Indivíduos que formam a sociedade e nossa cultura. Eu e você, quem me lê, inclusive.
Por fim, indico exemplos de como podemos ajudar a dar forma e nutrir este novo mercado para que cresça e floresça de maneira sustentada.
Qual a demanda e para onde vão os recursos financeiros hoje?
Segundo estimativas da ONU, investimentos da ordem de US$ 5 a US$ 7 trilhões por ano até 2030 são necessários para atingimento dos objetivos de desenvolvimento sustentável. Somente para os países em desenvolvimento, as cifras são da ordem de US$ 3,5 a 4,5 trilhões, quando tem-se investido menos de US$ 2 trilhões!
Poderíamos até indagar que não há recursos financeiros para tamanha demanda. Mas quando verificamos que, globalmente, apenas com armamentos se gasta mais de US$ 1 trilhão e com subsídios para indústrias de combustíveis fósseis, incluindo seus custos ambientais e sociais, se desembolsa mais de US$ 5,1 trilhões, fica claro que o problema não é falta de recursos. É uma questão de alocação e priorização. E antes disso, essencialmente uma questão de consciência. Como priorizamos, o que priorizamos, para quem priorizamos e com que propósito?
O setor corporativo, em sua expressiva maioria, incluindo o bancário, continua buscando retornos de curto prazo priorizando o capital financeiro. E esta estratégia expõe seus investidores a bolha financeira “cisne verde”(leia a Parte 2 desta série). Para ilustrar a gravidade desta situação, cito o caso que envolve 33 bancos no mundo. Desde a adoção do Acordo de Paris até 2018, estes bancos dedicaram US$ 1,9 trilhões em combustíveis fósseis. Montante este maior do que a circulação de moeda nos Estados Unidos em 1 ano!
Entre eles estão os grandes bancos americanos JPMorgan, Wells Fargo, Citi, Bank of America, Morgan Stanley, Goldman Sachs. Mas as fronteiras se expandem nesta estratégia e não se limitam aos EUA. Nesta lista de 33, há também bancos canadenses como RBC, Scotiabank, Banco de Montreal, ingleses como Barclays e HSBC, suíços como Credit Suisse e UBS, banco espanhol Santander, banco alemão Deutsche Bank, bancos japoneses como MUFG e Mizuho e banco Banco da China dentre outros.
Dissonância no setor bancário
Alguns destes bancos expressam mais um exemplo de dissonância. Dois meses antes do Acordo de Paris, cinco dos principais bancos americanos JPMorgan, Wells Fargo, Citi, Bank of America, Morgan Stanley e Goldman Sachs fizeram comunicado de imprensa conjunto ressaltando a importância que governos firmassem um acordo global pelo clima. E neste mesmo documento declararam que suas instituições estavam coletivamente “comprometendo significativos recursos para financiamento de soluções pelo clima”. Mas na prática, coletivamente, acabaram investindo US$ 16 bilhões a mais em combustíveis fósseis em 2018 do que 2016.
Iniciativas que impulsionam mudanças
Para lidar com essa situação e, ao contrário, acelerar a transição para descarbonização da economia, regeneração do planeta e inclusão social, destaco neste post duas iniciativas globais que têm tido importante papel:
- Desinvestimento para pressionar instituições (ex.: bancos, asset managers, universidades, cidades) a retirarem recursos de combustíveis fósseis;
- Promoção de maior transparência no setor financeiro e corporativo visando impulsionar investimentos alinhados com valores ambiental, social e de governança.
No primeiro caso, umas das iniciativas mais proeminentes é a liderada pela organização 350.org.
Até o momento, 1.182 instituições desinvestiram cerca de US$ 14 trilhões e 58.000+ indivíduos desinvestiram US$ 5.8 bilhões+. A teoria de mudança dessa iniciativa se baseia no movimento que promoveu o desinvestimento na África do Sul na década de 80, que teve papel central na derrubada do sistema do apartheid.
Quando o maior investidor do mundo sinaliza mudança no mercado financeiro
Um dos casos mais recentes e emblemáticos envolveu o maior gestor de ativos do mundo BlackRock, com investimentos de quase US$ 7 trilhões. Este valor é maior inclusive que a economia do Japão, que é a 3ª maior do mundo.
Em meados de janeiro deste ano, o executivo da empresa, em seu tradicional comunicado anual a CEOs de diversas empresas no mundo, afirmou que a crise climática irá redesenhar o mercado financeiro e que sua companhia revisará investimentos com alto grau de risco e que colocará a sustentabilidade ambiental como um dos critérios chaves para investimentos. O anúncio indicou também que estaria desinvestindo de negócios de carvão.
Como indivíduos estão influenciando investidor do porte de um país como Japão?
Não diminuo o mérito do CEO do BlackRock e de sua equipe gestora. Mas a história dessa grande virada na estratégia de investimentos estaria incompleta se não citasse o papel fundamental que grupos ativistas e consumidores conscientes vêm tendo.
A pressão vinha sendo grande. Cinco meses antes do anúncio pelo CEO da BlackRock, o Instituto para Economia Energética e Análise Financeira (IEEFA) divulgou números mostrando que a empresa, por não considerar os riscos climáticos, gerou perdas de US$ 90 bilhões a seus investidores. 75% destas foram devidas a decisões de investimento nas empresas ExxonMobil, Chevron, Royal Dutch Shell e BP – onde todas tiveram um desempenho inferior ao do mercado na última década. Outra perda expressiva, por desconsiderar riscos no investimento em carvão e turbinas à gás, foi com a GE – General Electric. A GE, ao invés de responder a estes riscos considerando a tendência global de investimentos na direção de energia renovável, continuou investindo em energia térmica adquirindo Alstom e depois a empresa Baker Hughes que atua no setor de óleo e gás, o que acabou gerando uma queda no valor de mercado da empresa em 67%.
Por tudo isso, o relatório da IEEFA questionou o quanto investidores estavam de fato protegidos.
Dissonância na estratégia de investimento do BlackRock
O relatório também expos a dissonância da instituição. Apesar de ter feito anúncio público declarando compromisso de investimento em sustentabilidade e exaltado a importância de alinhamento dos investimentos com propósito além do lucro, na prática isso não se refletiu em sua carteira. Apenas 0,8% do portfolio total da BlackRock estava sendo de fato investido em fundos ASG, que são orientados a valores ambientais, sociais e de governança (em inglês, ESG – environmental, social and governance).
E sociedade civil continua ativa, não satisfeita com o anúncio de desinvestimento em carvão feito no início de 2020. Grupos ativistas e consumidores conscientes continuam pressionando BlackRock para que aprofunde a política de desinvestimento para incluir também toda a área de óleo e gás, além do carvão.
“Efeito dominó” BlackRock: outras demonstrações de mudanças de estratégia
Outra importante demonstração de início de quebra de paradigma no setor de finanças veio com o braço de investimento do State Street com ativos de US$ 3,1 trilhões. O anúncio indicou que votarão contra os conselhos de grandes companhias que não tenham desempenhos satisfatórios nas áreas ambientais, sociais e de governança (ASG).
Várias corporações também fizeram anúncios indicando maior preocupação e alinhamento com valores ambientais como Delta (ser carbono neutro), Amazon (introduzir caminhões elétricos, servidores com energia renovável) e Microsoft e seu ambicioso plano de ser carbono negativo até 2030.
Não analisarei aqui o quanto estas medidas são realmente transformacionais ou se passam de estratégias de marketing, mas recomendo ótimo episódio do podcast The Daily para quem quiser se aprofundar no tema. Por ora, gostaria de instigar uma reflexão adicional. Por um lado, Microsoft busca ser carbono neutro em suas operações, por outro, ajuda empresas de óleo e gás a aumentarem suas produções. É curioso.
Princípios de Investimento Responsável: melhorias incrementais ou mudanças transformacionais?
Os investimentos que atendem os valores ASG têm tido crescente destaque desde 2005, sobretudo após lançamento da iniciativa PRI, em inglês Princípios de Investimento Responsável. A iniciativa, apoiada pelas Organizações das Nações Unidas, tem hoje mais de 2.200 signatários e busca fomentar investimentos que gerem valor de longo prazo que também beneficie a sociedade e meio ambiente. No Brasil, mais de 60 instituições são signatárias, incluindo grandes bancos como Itaú Unibanco e BTG Pactual.
Mais exemplos de dissonância no setor bancário: dos EUA ao Brasil
É uma iniciativa importante, mas não suficiente para lidar com a emergência da situação que vivemos. Fazer parte da PRI não significa que empresas estejam lidando com emergência climática, por exemplo. Muitos dos bancos citados anteriormente que aumentaram seus investimentos em combustíveis fósseis são signatários do PRI, incluindo JP Morgan, Barclays, Bank of America, Goldman Sachs, dentre outros. No Brasil, o Banco Itaú é acionista de construtora de casas populares que, segundo o Observatório do Agronegócio no Brasil – De Olho nos Ruralistas – está envolvida em atividades que desrespeitaram direitos de povos indígenas Guarani em São Paulo e que desmataram área para construção.
Como faço então para investir meus recursos num fundo verde?
Realmente, não é fácil sermos sustentáveis… É complexo o mercado e podemos ser induzidos em simplesmente escolher “selos” que chancelem nosso investimento para não mais nos preocuparmos com a questão.
Se puder oferecer uma recomendação, como uma primeira etapa, fruto de minha própria experiência, convido a investigar, com bastante curiosidade, suas próprias estratégias de investimento. Afinal, não há “inimigos” a serem combatidos… Somos cada um de nós, individualmente e coletivamente, e como os sistemas que criamos e como cultura, responsáveis pela situação que nos encontramos.
As dissonâncias que ilustrei através de exemplos de grandes bancos, localizados nos Estados Unidos ao Brasil passando por Inglaterra e Alemanha, de fundos de investimento e até com universidades de grande reputação técnica como Harvard não são fenômenos exclusivos destas organizações. Mas de todo ser humano. Eu que o diga.
Iniciativas como os Princípios de Investimento Responsáveis, os índices de sustentabilidade na bolsa de valores, ISE – Índice de Sustentabilidade Empresarial, ICO2 – Índice de Carbono Eficiente, IGC – Índice de Governança Corporativa são excelentes, mas não dão conta, sozinhos, da necessidade de promover mudanças na escala que necessitamos. Os títulos verdes, “green bonds” em inglês, papéis de renda fixa usados para captar recursos para investimentos sustentáveis são também outra importante forma de impulsionar o mercado.
Como dar forma a mercado de finanças sustentáveis e sermos sustentáveis?
A ação individual, coletiva e abertura para diálogos transformacionais
Será essencial também que cada um de nós, individualmente e coletivamente, questione os bancos onde temos conta para indagar como os nossos recursos são alocados. E iniciar diálogos com órgãos de regulação de mercado para criar instrumentos que deixem o setor financeiro de fato mais transparente. Criar um verdadeiro “Open Banking”. O engajamento e diálogo aberto para orientar o desinvestimento em combustíveis fósseis ou outras atividades que impactam o meio ambiente e sociedade são também fundamentais para promover essa transição.
Assim como continuar investigando nossos próprios hábitos de consumo, nossa atuação no mercado e na sociedade. Como consumidores, em nossas residências e em instituições que servimos, como podemos promover redução de consumo de combustíveis fósseis? Afinal, ninguém investe em combustível fóssil porque é tolo ou porque deseja destruir o planeta. Tem havido demanda para isso. E somos cada um de nós os consumidores.
Como posso reduzir meu consumo de recursos fósseis?
Para identificar as áreas onde temos maior impacto de emissão de carbono, convido a conhecerem o aplicativo Earth Hero. É um guia pessoal para orientar e apoiar a adoção de um estilo de vida mais saudável para você, para sua família, para a comunidade e todo planeta. Um guia para sermos mais sustentáveis. Espero que se divirta! Em breve, terá uma versão em português. Caso tenha qualquer sugestão de melhoria ou se quiser contribuir, por favor, entre em contato comigo.
Iniciativas inovadoras em finanças
Em relação a novas formas de investimento, se você mora no Brasil, recomendo que conheça a bela iniciativa da Sitawi – Finanças do Bem. É um verdadeiro oásis neste mercado, onde através de uma plataforma para financiamento coletivo, qualquer um pode investir em pequenos negócios com impacto: https://sitawi.caprate.com.br/
Internacionalmente, destaco o movimento, ainda emergente, mas com grande potencial de transformação que é a Aliança Global do Sistema Bancário em Valores. Atualmente composto por 62 instituições financeiras, ainda sem representantes no Brasil, a associação está profundamente comprometida por mudanças transformacionais e concretas no setor financeiro, para promover transparência e impactos positivos sociais e ambientais além do econômico. São organizações, como o banco holandês Triodos, que abrem mão de investimentos com alto retorno de capital financeiro se o mesmo também não gerar retorno positivo em outras formas de capital como social, ecológico e humano.
Co-criação de um mercado financeiro mais transparente e alinhado com valores ASG
Continuarei explorando este tema e formas de como podemos, como indivíduos e coletivamente, induzir mudanças no mercado financeiro, de forma a torna-lo mais transparente e aberto aos clientes. Acompanhe novos posts! E entre em contato para troca de ideias e soma de esforços para juntos darmos forma ao mercado de finanças sustentáveis!
Referências adicionais
AFP. Quatro anos após desastre de Mariana, cidades fantasmas emergem da lama. Estado de Minas. 2 de novembro de 2019. https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2019/11/02/interna_gerais,1097978/quatro-anos-apos-desastre-de-mariana-cidades-fantasmas-emergem-da-la.shtml
Banco Central. BC põe em consulta pública regras para funcionamento do Open Banking. % Dez 2019. https://www.bcb.gov.br/detalhenoticia/392/noticia
Barría, C. O que é o ‘cisne verde’, que pode causar a próxima crise financeira mundial. BBC Brasil. https://www.bbc.com/portuguese/geral-51452947
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Castilho, A. L. Jorge Paulo Lemann e Itaú estão entre acionistas de construtora que assusta povo Guarani no Jaraguá, em SP. De Olho nos Ruralistas – Observatório do Agronegócio no Brasil. Disponível em https://deolhonosruralistas.com.br/2020/02/01/jorge-paulo-lemann-e-itau-estao-entre-acionistas-de-construtora-que-assusta-povo-guarani-no-jaragua-em-sp
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